Teatro do Oprimido ocupa a Lapa

Arena dos Arcos da Lapa recebe nos dias 28 e 29 de maio, de 15h às 20h, uma programação de teatro, performances, shows musicais e intervenções estéticas, com entrada franca



O Centro de Teatro do Oprimido realiza nos dias 28 de maio de 2010 (sexta-feira), de 15h às 20h, na Arena dos Arcos da Lapa, a mostra “Madalena Ocupa a Lapa”, com espetáculos e performances, dirigidos pela italiana Alessandra Vannucci – Prêmio Shell 2006 de Melhor Espetáculo por “A Descoberta das Américas” –, e elenco compostoexclusivamente por mulheres que buscam percursos de expressões estéticas e narrativas a partir do corpo feminino, e no dia 29 (sábado) a mostra “Curumim Ocupa a Lapa”, com peças interpretadas exclusivamente por crianças e adolescentes, cujos temas tem relação com o ECA – Estatuto dos direitos da criança e do adolescente.


Nestes dias serão apresentados ao público uma mostra estética e teatral das atividades artísticas e cidadãs que a equipe de curingas do CTO vem realizando desde 2008, em dezoito estados brasileiros mais quatro países da África (Moçambique, Guiné Bissau, Angola e Senegal), com o Projeto Teatro do Oprimido de Ponto a Ponto. Na ocasião acontecem as mesas de debates “Corpo feminino como território do sagrado e do poder, da ancestralidade ao século XXI” e “Estatuto da criança e do adolescente”. O evento tem classificação é livre e entrada é franca.


Na noite de 27 de maio (quinta-feira), às 19h, na casa do Centro de Teatro do Oprimido, acontece o coquetel de lançado o documentário “Metaxis – Teatro do Oprimido de Ponto a Ponto”, que apresenta um panorama das atividades do CTO, entre 2008 e 2010, em cidades do Brasil mais Moçambique, Guiné Bissau, Angola e Senegal.


O evento público é patrocinado pelo Ministério da Cultura, por intermédio do Programa Cultura Viva, com promoção da TV Globo “Teatro a gente vê por aqui”, apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Prefeitura do Rio de Janeiro.


O público vai trocar de lugar com os protagonistas

As pessoas que acompanharem os dois dias de mostras teatrais vão ter a oportunidade de subir no palco e mudar o final da história. Nas peças de Teatro-Fórum (técnica do Teatro do Oprimido), após cada apresentação, os espectadores são convidados a trocar de lugar com o protagonista para sugerir alternativas ao problema encenado. O espectador (ou espect-ator) da sessão de Teatro-Fórum não é um consumidor do bem cultural, mas sim um ativo interlocutor que é convidado a assumir o papel do oprimido ou de seus aliados para interagir na ação dramática de maneira a apresentar alternativas para transformar a realidade – ser ator de sua própria vida.


Sobre “MADALENA”


Projeto Madalena - CTO



Contemplado com o Prêmio Interações Estéticas – Residências Artísticas em Pontos de Cultura e realizado no Brasil e na África pelo Centro de Teatro do Oprimido, o “Laboratório Madalena” é uma iniciativa da diretora italiana Alessandra Vannucci e integra a sua residência artística no Projeto Teatro do Oprimido de Ponto a Ponto. O projeto realizou cinco laboratórios teatrais gratuitos, três no Brasil e dois na África (Moçambique e Guiné Bissau), cada um produzindo peças estéticas e espetáculos de Teatro-Fórum e/ou performances, que estão circulando localmente.


A experiência cênica “Laboratório Madalena, teatro das oprimidas” – exclusiva para mulheres empenhadas em investigar as especificidades das opressões enfrentadas por elas e em atuar para a criação de medidas efetivas que contribuam para a superação dessas opressões e para a igualdade dos gêneros – busca percursos de expressões estéticas e narrativas a partir do corpo feminino.


Sobre “CURUMIM”

Ao se buscar discutir a atuação do Teatro do Oprimido na educação e nos direitos da criança e do adolescente, demonstra-se que o uso da linguagem teatral pode possibilitar múltiplas experiências, que potencializam a criatividade, a autonomia e, por que não o desbloqueio do corpo e de seus sentidos, nas crianças e nos adolescentes. Além do mais, o Teatro do Oprimido é uma prática de arte politizadora que abre espaço para a manifestação expressiva dos participantes, pois tendo como uma de suas prioridades a não priorização em formar atores profissionais, mas, sim, protagonistas sociais, cidadãos mais conscientes de seus direitos e deveres, da sua dignidade e com auto-estima elevada e fortalecida. Neste sentido, acredita-se que seu caráter popular e participativo possa propiciar um procedimento educacional relevante, proporcionando aos educandos o contato com a arte do teatro por meio de uma proposta pedagógica que conjuga teoria, prática e expressão artística.

Fonte: http://www.ctorio.org.br

0 comentários: