Neste sábado dia 16/02 O CUCA Rio retoma suas atividades!



Para dar início a programação que promete ser bastante diversificada, o cuca rio traz de volta a roda de samba, agora em novo dia e Horário.



Então é Sábado às 17 na Av. Praia do Flamengo,132



Nos vemos por lá...!!

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ODE AOS PÓS-MODERNOS


ANDO TÃO MISTURADO

DIZEM QUE ESTOU GLOBALIZADO

PENSO, FALO, COMO,

RÁPIDO, RÁPIDO, RÁPIDO


MISTURO ASSUNTOS, INFORMAÇÕES

CONFUNDO ATÉ MINHAS ILUSÕES

SINTO-ME CONTROLADO POR

UM INI MIGO IMAGINÁRIO.


SINTO DOR NA CABEÇA POR

CAUSADA AGILIDADE DAS LETRAS CLARAS

ACHO QUE FORAM

NA VERDADE

PINTADAS


TUDO PARECE IGUAL,

APESAR DA DIFERENÇA.

SER HOJE CONTRA A CONFUSÃO

É SER UM SER EM CONVULSÃO

NUMA CAIXA QUADRADA

PRETACOMO A VERDADE

DA TELIVISÃO.


O MUNDO ASSISTE E COMPRA

TUDO É COMERCIAL!

O LUCRO ESTÁ NO AR!

SENTA AÍ O PROGRAMA VAI COMEÇAR!


OH MUNDO QUE GRITA E É MUDO!

O MUNDO QUE SENTE E NÃO ENTENDE!


Geovane Barone - Colunista do Blog

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CUCA RJ participa da organização do Fórum Mundial de Educação Baixada Fluminense 2008


O tema central do Fórum é a “educação cidadã”, que busca garantir os direitos sociais a todas as pessoas e tem como objetivo construir uma “cidade educadora”, por meio de investimentos em projetos político-pedagógicos aplicados à educação formal e não formal.

O CUCA RJ participa da organização e montagem da Marcha de Abertura, organizando apresentações culturais na concentração e em pontos fixos ao longo da marcha, bem como da Mostra Artística do Fórum que acontecerá durante os quatro dias do evento.


Neste ano, o Fórum conta também com a participação de mais de 3000 estudantes universitários que participarão do 1º Encontro de Estudantes do Pró Uni do Rio de Janeiro, que será promovido e organizado pela UEE-RJ (União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro). O Encontro fará parte da programação geral do Fórum e contará com a participação do Ministro da Educação e diversas personalidades políticas.

O Fórum Mundial de Educação Baixada Fluminense 2008 acontece entre os dias 27 e 30 de março na Cidade de Nova Iguaçu


Texto:Fernando Marray
Foto: Fernando Marray

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Fizemos Cristo nascer na Bahia. Ou em Belém do Pará. Mas nunca admitimos o nascimento da lógica entre nós.

A 6ª Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UNE dá início à sua fascinante viagem pelos meandros da formação do povo brasileiro. Vai descobrir o Brasil, desvendar sua formação, desesconder de suas profundezas toda a sua caboclice, sua mameluquice, sua mulatice... Hélio Oiticica descobriu o Brasil. Sacou, depois de se extasiar com a marginália, que a riqueza da cultura do país não estava à margem, estava subterrânea! Era preciso desenterrar o Brasil e não descobrir.

Misturas de formas e cores, de sons, de jeitos, de expressões... Encontramos no Barroco sua primeira audácia: a pérola torta e pitoresca que, aos olhos do belo clássico, não passa de puro mau gosto. Mas a brasileirice, surgindo ali debochada e exagerada, zomba do clássico ao mesmo tempo em que o cultiva, blasfema heresias e pede perdão aos céus. As bocas do inferno lado a lado das portas dos céus inventam um jeito de ser, mistura as dualidades, ridiculariza o racionalismo que compartimenta o mundo.

Os ibéricos, europeus tortos, argonautas do Atlântico que chegaram ao sul do mundo em suas jangadas de pedra. A mãe amorosa que Saramago disse ver atordoada com a sorte de seu filho do além-Pireneus jogado no mar, Europa soberba que, na verdade, olhava o filho ibérico como quem espera o filho pródigo. Mas, tão malandro, esse nunca mais voltou. Não o mesmo. Foi gerar em terras subtropicais algo fora da imaginação da mãe amorosa. Algo mais volúvel e desregrado e suas frouxas instituições. Suas sinhás fogosas transitando pelos bugres, seus senhores desejando as negras, o batuque louvando os santos católicos. Caleidoscópio é metáfora pequena.

Neste turbilhão, as três matrizes originais – a negra, a indígena e a ibérica – vão gerando outras submatrizes, misturas onde não se sabe mais onde começa uma e termina a outra. Mas, longe da homogeneidade almejada pelo projeto totalizante, o que se vê é a interação em disputa como qualquer outra interação. Estabelecida em uma relação entre dominadores e dominados, ainda que não seja uma relação engessada, já que há subversões e em determinados momentos os papéis se invertem, a democracia harmônica é uma ilusão perpetuada por quem deseja esconder a importância dos de baixo.

Nos dias de hoje, desejamos a diversidade. Consideramos-nos iguais porque somos diferentes. A harmonia não é mais sinônimo de pasteurização. Tal qual na harmonia musical, buscamos juntar coisas diferentes e delas extrair um equilíbrio e não uma uniformidade. Como nos vitrais, a cultura brasileira é formada por diversas formas, cores e texturas que, somente em conjunto, fazem sentido.


Aline Portilho, CUCA –RJ, produtora cultural, e colunista do blog.

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