Cultura é movimento



AI-5 digital, políticas públicas de cultura e a Nova Lei de Fomento foram os três temas em destaque sobre cultura no congresso da UNE.
O debate do período da manhã de sexta-feira, ocorrido no anfiteatro 13 do ICC contou convidados como Dr. Túlio Vianna – Presidente do Instituto Brasileiro de Direito Eletrônico/Professor da PUC-MG, Sérgio Amadeu – Professor da Faculdade Cásper Líbero, além de represntantes do coletivo Intervozes e do Ministério da Cultura.
A tarde os temas foram Políticas para a Cultura e Lei de Fomento. O debate teve como centro a proposta de mudanças da lei e a criação do sistema nacional de financiamento da cultura. Entre os convidados estava Alexandre Santini, coordenador nacional do Circuito Universitário de Cultura e Arte, o CUCA da UNE. Dentre as resoluções do congresso da UNE, o apoio à democratização do financiamento público da cultura deve ser um dos temas, o que integra a UNE na campanha pela aprovação da Lei de Fomento em substituição a Lei Rouanet, proposta pelo Ministério da Cultura, a partir de de um processo amplo de consulta pública.
UNE está atenta a esse debate desde antes de seu congresso. Recentemente, através do CUCA, protocolou no MinC, proposta de criação de um programa de distribuição de renda destinada à toda juventude, o que ampliaria o já existe vale-cultura, implementado este ano, pelo ministério da Cultura.
Iniciada na quinta-feira, a programação de cultura do congresso se iniciou com a apresentação da sambista Leci Brandão e da banda Móveis Coloniais.
A programação dessa sexta-feira seguiu com os shows da banda Fora de Si, do Rapper Gog e de Edson Gomes, no Albergue da Juventude.
Esse sábado encerra a programação de cultura do congresso do UNE com show da banda Chimarroots, na Prainha da ASBAC.

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Pirata, eu?

Pirata, eu?

Publicado por Everton Rodrigues

Fonte: http://musicaparabaixar.org.br/


Zélia Duncan, Léo Jaime e Leoni encabeçam manifesto que defende fã que baixa música

RIO – O tom é contundente: “Quem baixa música não é pirata, é divulgador!”. Extraída do manifesto Música Para Baixar (MPB), a frase sintetiza o teor do texto que, no ar há uma semana, já arregimentou mais de 800 assinaturas on-line. Entre elas, as de artistas como Zélia Duncan (que reforçou seu apoio com o recado “é fundamental que isso aconteça”, ao lado de seu nome), Léo Jaime, André Abujamra, Ritchie, Roger Moreira (Ultraje a Rigor) e Leoni – um dos idealizadores do manifesto (leia na íntegra) .

- Existe um discurso oficial das gravadoras de que nós, artistas, somos prejudicados pela chamada pirataria digital. Queríamos mostrar que há uma outra forma de se olhar para a situação – explica Leoni. – O fã que baixa divulga nossa música de graça. Um ótimo exemplo é o caso do compositor americano Corey Smith, que põe suas músicas disponíveis de graça em seu site e à venda no iTunes. Ele fez um teste e tirou as canções do seu site. As vendas delas no iTunes caíram. E voltaram a crescer quando ele voltou a disponibilizá-las gratuitamente.

O manifesto nasceu no 1º Fórum Música Para Baixar, realizado no mês passado em Porto Alegre, como parte da programação do Fórum de Software Livre. Entre suas propostas, o movimento MPB defende a isenção de impostos para a música. Quer ainda debater junto ao Ministério da Cultura a flexibilização dos direitos autorais.

- Os direitos autorais nasceram para incentivar os artistas a produzirem sua obra para a sociedade. Hoje, isso se perdeu em distorções – avalia Leoni. – Uma escola pública de Taubaté foi impedida de fazer sua festa junina porque o Ecad cobrou direitos das músicas que seriam executadas. Eles não tinham dinheiro. Mas uma escola particular tem. Nesse caso, os direitos autorais servem para aumentar a distância entre o ensino público e o privado.



Assinado também por artistas novos emergentes como Macaco Bong e Teatro Mágico (outro que está entre os organizadores do documento), o manifesto define o movimento MPB como uma “reunião de artistas, produtores(as), ativistas da rede e usuários(as) da música em defesa da liberdade e da diversidade musical que circula livremente em todos os formatos e na internet”.

- Estão aparecendo propostas perigosas de cercear a internet, criar uma vigilância sobre os usuários. É certo acabar com a liberdade de troca de informação da rede em nome de um negócio que está acabando? – pergunta o compositor, referindo-se às gravadoras e ao modelo fonográfico tradicional. – E, na internet, todo cuidado é inútil. É melhor eu pôr minhas músicas no meu site que encontrá-las no Lime Wire (site de compartilhamento) atribuída a outros autores, com qualidade baixa ou vírus.

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