Teatro universitário






Fonte: Blog Fala Fera

Estudantes, atores e produtores apresentam 14 espetáculos que mostram a nova cara do teatro carioca.


A Mostra Mais é um evento do Curso de Direção Teatral da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ. São duas peças por dia que ficam dois dias em cartaz cada, com o objetivo acadêmico de discutir espaço e tempo cênicos. Os estudantes têm orientação de professores do curso, mas são responsáveis por todo o processo de construção dos espetáculos. Alunos de cenografia e indumentária da Escola de Belas Artes fazem parte das equipes de criação, também como parte do trabalho acadêmico.


A escolha dos textos fica a cargo dos diretores. Nesta edição, os escolhidos são diversos: de Jean-Paul Sartre (Entre quatro paredes) a Miguel Falabella (A Partilha), passando por Samuel Beckett (Esperando Godot), Plínio Marcos (Navalha na carne) e inéditos (Guaraná Cerebral, de Diogo Liberano). Estes dois últimos estão em cartaz nesta quinta-feira, a partir das 18h.


Entre 26 e 29 de julho, são apresentadas as quatro últimas produções da mostra: segunda e terça acontecem Piquenique no front, de Fernando Arrabal, com direção de Duanny Dantas e O pupilo quer ser tutor, de Peter Handke, por Evângelo Gasos. Na quarta e quinta, as peças são A Partilha, de Miguel Falabella, dirigida por Thaisa Aeria e A Laranja Mecânica, de Anthony Burgess, com direção de Nina Balbi.


Todos os espetáculos são gratuitos e é preciso chegar cedo para garantir a entrada. As senhas são distribuídas uma hora antes de cada apresentação – a primeira às 18h, a segunda às 20h – e são poucos lugares. Esta jornalista pode testemunhar a necessidade de ser pontual, pois perdeu uma peça muito esperada por conta de um atrasinho à toa. Então, olho no relógio, aguarde o terceiro sinal e boa peça (...)


Para tirar dúvidas e saber mais, clique aqui ou mande um email para producaomostraufrj@gmail.com.straufrj@gmail.com.

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Política é uma Arte que a Cultura produz

A “felicidade é a prova dos nove”, do manifesto antropofágico. Felipe Redó, do CUCA da UNE, se apoia nisso para pensar o futuro, o próprio e o do país. Representa o otimismo da juventude atual, marcado entretanto por forte consciência crítica, mais a compreensão aguda do papel da cultura. Coisa, por exemplo, que minha juventude não teve tão marcante, em meio a uma ditadura feroz que fazia com que opções políticas – no caso pelo partido comunista – implicasse estar aberto para a possibilidade (muito tangível) de tortura e morte.

Por isso, talvez, trago sempre às páginas do blog esse assunto e esses personagens. Eles são o sucedâneo do relançamento nacional do fim dos anos 50, do otimismo da Copa de 58, a bossa nova, o cinema novo, o CPC da UNE… Os amigos Guarnieri, Viana, tantos e tantos. Há outro motivo, porém. Expresso no Rasga Coração, de Vianinha, ou em Eles não usam black-tie, de Guarnieri: nem sempre o novo é revolucionário, nem sempre o velho é conservador.

O que acho marcante em Felipe e todos os outros que já compareceram ou comparecerão nestas conversas culturais e acadêmicas é isso: a capacidade da juventude em expressar o novo sem perder de vista o perene. O perene é a nação, o povo, a democracia, a cidadania. Eles estão nessa.


Quem é você, Felipe Redó? Como chegou ao interesse pelas artes? Que trabalho você já acumula?


Meu “curriculum vitae” é ?! (risos)

É, rapaz, tão jovem e já falando latim…


Poderia começar de diversas formas… mas prefiro dizer que me interessei pelas artes meio que de forma intuitiva. O período da juventude é um momento rico para a vida (cultural), pois você está aberto a várias influências e com menos preconceito das coisas. Estou hoje como diretor de cultura da União Nacional dos Estudantes e coordenador do Circuito Universitário de Cultura e Arte, o CUCA da UNE, além de estar na graduação em História pela UFRJ, etc. e tal…


Felipe, Augusto Boal dizia que “Ser cidadão não é viver em sociedade. É modificá-la”. Como você interpreta isso?

Boal desenvolveu uma técnica que é eminentemente política quanto ao nosso posicionamento no mundo, que é a Estética do Oprimido. Uma forma de ser/estar no mundo de forma pró-ativa, como espect-atores, e não apenas como platéia de espectadores. Isso diz muito para mudarmos nossa idéia do que é viver e como viver em sociedade. Fazemos essa referência a Boal em nosso documento intitulado Política Cultural para o Período Eleitoral e Pós Campanha, disponível em nosso blog: www.cucadaune.blogspot.com.


É, foi daí que extrair a questão. Agora, voltando ao tema: isso tem a ver com sua ligação ao marxismo e ao comunismo? O que veio antes, nesse caso – a arte ou a política?


Tem tudo a ver com as teses de Marx; “os intelectuais se limitaram a interpretar o mundo, resta-nos transformá-lo”. Para esse caso acho que a arte tem uma dimensão política também. Isso não quer dizer que a obra de arte, o objeto-arte, o tenha. Mas o significado dela assimilado por nós, possui.


No blog postei matéria com Santini, intitulada “A política como dimensão da cultura, e não o contrário”. Bem gramsciano isso, né? Como você vê a questão?


Aí já vale outra forma (dimensão) de entender a coisa. Porque a “Política é uma Arte que a Cultura produz” e não o contrário. A política é um meio de mediação para se buscar as coisas não um fim em si mesmo. Acho que é isso que está faltando na política hoje.


No CUCA vocês teorizam a Cultura em três dimensões: a ordem ética, estética e econômica. Isso ligado ao projeto nacional. Em outro tempo, década de 50, o Brasil foi longe nessa articulação. E hoje, como você a encara?


E podemos ir mais longe ainda! Esse tema é especialmente instigante para um país que tem pouco mais de 500 anos, né? Mas o que me instiga hoje é pensar que o Brasil tem ganho relevância no cenário internacional e é justamente pela nossa cultura, que deve dar elementos a esse projeto, onde podemos dar grandes contribuições ao mundo. A nossa “identidade nacional brasileira” elevada a potência de “entidade universal brasileira” pra citar Mário de Andrade.


Para mim foi a mais elevada surpresa positiva a obra de Gil no Ministério. Maravilha pura, junto com a criatividade de Célio Turino. Como você viu esse período, em ligação com a pergunta anterior? Qual a maior aquisição desse período?


Desculpa, Walter, mas vou fazer uma confissão em particular e fugir um pouco da objetividade da pergunta, antes de respondê-la.

Bem, eu era do movimento estudantil quando me chamaram para fazer parte de um Ponto de Cultura: o CUCA da UNE. A grana nem era muita e também existia, num primeiro momento, uma confusão com uma super idéia do Célio Turino, que virou programa em parceria com Ministério do Trabalho, que era disponibilizar uma pequena bolsa, de auxilio financeiro, para jovens desenvolverem seu aspecto de cidadania (naquele conceito do Boal citado acima!). Fora a burocracia, o caso é que ter participado de um movimento social de cultura por meio de uma rede social dos Pontos de Cultura era o que eu esperava no movimento estudantil. Posso dizer que sou filho dos pontos de cultura.

A respeito da gestão de Gil no MinC, posso dizer que foi uma quebra de paradigmas, assim como ter um metalúrgico como presidente, ter um músico tropicalista à frente do Ministério. E esse momento de ruptura foi fundamental para se repensar o papel da política pública para a cultura, que deixava de ser a “cereja do bolo” e passava a dialogar com essas outras dimensões na sociedade, e apostar, por exemplo, em ações como os Pontos de Cultura.


Já ouvi você falar em três dimensões integradas: cultura e educação; cultura e emancipação social; cultura e comunicação + democracia; cultura e cidadania no sentido de produção e acesso aos bens culturais. Comente essa articulação, por favor, ela tem importância conceitual.


O entendimento da Cultura sob o signo da abrangência, é isso. Não sou eu quem falo isso, é o Gil e um monte de pessoas que constroem e pensam este país neste momento. A Cultura é tema transversal a todas as áreas humanas, e não conheço área que não seja Humana, pois todas dizem respeito à relação entre os homens e entre os homens e a natureza.


Onde você imagina que estaremos os brasileiros em dez anos, e você pessoalmente?


Tendo a ser otimista pois pensar positivamente gera ações positivas também. Imagino, para daqui a dez anos, os brasileiros sempre melhor do que estão. Com mais justiça social e qualidade de vida. Já eu, estar feliz por ora me basta. A “felicidade é a prova dos nove”, do manifesto antropofágico!


Felipe, muito obrigado. Sou muito ligado a isso do CUCA e admiro o teu trabalho e da turma que lá atua. Acho que vocês estão bem servidos neste ano, com candidaturas na cultura como as de Celio Turino, e na juventude com Gustavo Petta, duas figuras de alta liderança, criatividade e visão política. Quanto a mim, espero que você, feliz, em dez anos esteja bombando artisticamente. Abração.


Publicado originalmente em: http://www.waltersorrentino.com.br/?p=2796#more-2796

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Plataforma Política Cultural do CUCA DA UNE para o período eleitoral e pós-campanha



"Ser cidadão não é viver em sociedade. É modificá-la."

Augusto Boal


PRESSUPOSTO


O Circuito Universitário de Cultura e Arte – CUCA da UNE, tem atuado na compreensão da Cultura em três dimensões de ordem ética, estética e econômica. Ética: onde o ser social tem a possibilidade de atuar de forma dialética com a realidade na qual ele também esta inserido. Estética: para a qual a produção de bens simbólicos e imateriais criam sentido ao mundo. E Econômica: entendendo cultura enquanto relação social entre indivíduos e sociedade e, por isso, constituída em seus níveis de relação de produção econômica e de trabalho.


“Devemos estetizar a política e politizar a cultura”. Estetizar a política é buscar o bem comum pela produção de emoções em novas formas e conteúdos, compreendendo o fazer cultural como também uma ação política.


Propor uma política cultural para o período eleitoral e pós-campanha é dialogar com o momento atual. E devemos ver garantido no programa dos candidatos, mas, sobretudo, junto a nós próprios eleitores, o entendimento de políticas públicas efetivas de cultura em nosso país.


AVALIAÇÃO


A grande conquista do governo Lula, a partir da gestão do músico Gilberto Gil no Ministério da Cultura, e continuada pelo atual ministro Juca Ferreira, foi interpretar a cultura em sua abrangência, trazendo-a para o centro do debate e da preocupação nacional.


Como avanços conquistados, podemos citar:


· Incentivo a partir de programas continuados de investimento como o Cultura Viva, a exemplo da experiência dos Pontos de Cultura. Esses programas geraram protagonismo e autonomia para uma rede cultural;


· O incentivo à formação de público e consumo de cultura por meio do Vale Cultura para os trabalhadores;


· Os esforços na regulamentação e no financiamento da cultura por meio de uma Nova Lei de Fomento a Cultura, a partir dos debates realizados na 1ª e 2ª Conferências Nacional de Cultura, entre outros.


O desafio agora é não somente garantir a continuidade dessas ações, mas seus desdobramentos em novos paradigmas. Ou seja, expandir uma política cultural para milhões de brasileiros, com autonomia e protagonismo social.


DIRETRIZES:



1- Cultura e Educação


O Ministério da Educação e Cultura - MEC permaneceu assim até o ano de 1982, quando então foi criada uma estrutura própria para a Cultura - o MinC. Apesar destas duas instituições terem suas especificidades próprias, não realizam ações interministeriais voltadas à transversalidade entre cultura e educação. Desse modo perdem a complementaridade entre a cultura (quando ignora o aspecto critico sobre o pensar e fazer cultural) e a educação (quando não enxerga a cultura como aspecto de interpretar e estar no mundo).



Ø Ação: Programa Nacional de Cultura e Educação


· Desenvolver um programa envolvendo a regulamentação das disciplinas de arte no ensino fundamental (fazer e crítica).


· Formatar e executar um amplo projeto cultural nas instituições de ensino, ampliando as opções culturais dos estudantes e abrindo a escola para a comunidade.


· Linhas e editais específicos que fomentem ações transversais entre cultura e educação.


· Promover o diálogo e crítica freqüente entre universidade e comunidade através de programas de extensão universitária.


· Aprovação da Lei Griô, reconhecendo mestres da tradição oral como profissionais de notório saber, permitindo a esses, inclusive, ministrar atividades no campo da educação.


· Regulamentação da Lei nº 10.639/2003, que estabelece o ensino da cultura e história afro-brasileira no currículo escolar.


2. Cultura como instrumento de emancipação social



O diálogo entre Estado e sociedade civil busca maior participação na elaboração e execução de políticas públicas na área. Os movimentos sociais ganham sua legitimidade perante o Estado, e este consegue chegar a um público que, sozinho, não conseguiria alcançar. Esta autonomia deve garantir protagonismo social em torno de sua emancipação e não apenas como inclusão social.


Ø Ações:


· Transformação do Programa Cultura Viva em uma política de Estado - através da criação de um marco legal específico-, bem como sua ampliação em volume de recursos investidos e abrangência geográfica do Programa.


· Protagonismo Juvenil: subsídio financeiro - através da concessão de bolsas, por exemplo - a jovens agentes culturais, para que eles tenham condições de desempenhar ações voltadas à cidadania, autonomia e empoderamento social.


· Criação de políticas transversais de prevenção ao uso de drogas e redução de danos a partir de ações culturais. Em especial o crack, cujo uso vem se alastrando entre a juventude, diminuindo o potencial dessa grande parcela da sociedade para a fruição cultural e vida em comunidade.




3. Cultura, Comunicação e Democracia


Nos dias de hoje, frente às novas tecnologias da informação, Cultura e Comunicação tornam-se cada vez mais áreas transversais, demandando políticas públicas igualmente relacionadas


Em busca da ampla circulação do conhecimento e da garantia do acesso à cultura e educação, é preciso uma política pública para cultura e comunicação efetiva. Que tal política atualize e regulamente a atual legislação, dialogando com a sociedade e a realidade cultural brasileira.



Ø Ações:


· Revisão da atual legislação de Direito Autoral (Lei nº 9610/98), que criminaliza práticas culturais largamente utilizadas pela sociedade (como o xerox de trechos de livros) mesmo para fins acadêmicos e não comerciais.


· Implementação do Plano Nacional de Banda Larga em regime público, garantindo acesso à rede mundial de computadores em todo território brasileiro. Também a legalização de pólos comunitários de acesso à internet (a exemplo de telecentros e das milhares de lan houses espalhadas pelo país)



· Implementação da diretriz 22 do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, que propõe a “garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para consolidação de uma cultura em Direitos Humanos”.


· Regulamentação dos artigos 221 e 223 da Constituição Federal, que estabelecem como prioridade para rádio e TV uma programação com finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas, e ainda o estímulo à produção independente e regional, além da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal, respectivamente.


4. Produção e Acesso aos bens culturais


A noção de cultura hoje engloba não apenas a arte tradicionalmente reconhecida, mas também os processos, saberes e tradições culturais da sociedade brasileira. Assim, o acesso às diferentes manifestações culturais em sua ampla diversidade é um direito cultural e também um direito cidadão e educacional. Além disso, garantia do direito à cidadania passa não apenas pelo acesso aos bens culturais, mas também pela produção de informação e subjetividade, o que depende do acesso aos meios de produção.


Ø Ações:


· Descentralizar e promover o acesso aos meios de produção e bens culturais possibilitando maior produção de linguagem e estética de/para/com a juventude;


· Estímulo à criação de editais e linhas fomento para a produção cultural, formação em gestão cultural para jovens, universitários e pontos de cultura;


· Subsídio e defesa da meia-entrada estudantil como forma de garantir o benefício sem onerar as pequenas produções;


· Apoiar o Vale Cultura para o trabalhador, objetivando a democratização do acesso aos bens culturais e a formação de público para a cultura.

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Interfaces Digitais Colaborativas - Linguagens e Experiências em rede

A Escola de Comunicação da UFRJ e a Secretaria de Cidadania Cultural do MinC convidam para

Seminário INTERFACES DIGITAIS COLABORATIVAS - Linguagens e Experiências em Rede
Dias 7, 8 e 9 de julho no Auditório do CBPF
Rua Lauro Müller, 455 – Botafogo,Rio de Janeiro
(entrada também pelo Campus da Praia Vermelha da UFRJ)


Inscrições abertas (com certificado de participação): http://laboratorioculturaviva.pontaodaeco.org


A experimentação e produção de conteúdos digitais diante das novas tecnologias, as culturas das interfaces, o potencial de criação, colaboração, difusão e compartilhamento em rede. Apresentação de experiências colaborativas e de interfaces de criação audiovisual e de conteúdos digitais para as diferentes mídias e plataformas

Com a participação de pesquisadores, realizadores em Novas Mídias, Cultura Digital, Pontos de Cultura e Pontões de Cultura Digital, experiências em redes colaborativas da sociedade civil, terceiro setor e empresas, o Seminário irá apresentar o Laboratório Cultura Viva, de pesquisa e realização, em implantação na Escola de Comunicação da UFRJ com apoio da SCC do MinC

Confira a programação:


Saiba mais:
http://laboratorioculturaviva.pontaodaeco.org/
http://twitter.com/labculturaviva

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Cultura Digital, política dos pontos, política do amor!


IV Colóquio "Cultura Digital, política dos pontos, política do amor!"
Dia 17/06 (quinta-feira) às 14h
na Fundação Casa de Rui Barbosa (Rua São Clemente, 134 - Botafogo)

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Debate MST: Organização Criminosa ou Movimento Social?

Fundado no inicio da década de 1980, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é hoje apontado por muitos como um dos mais expressivos movimentos sociais da América Latina. O acesso a terra é a principal bandeira do movimento que, entre outras formas de luta, se utiliza da ocupação de terras como forma de resistência e de pressionar o governo por reforma agrária.

Durante sua longa trajetória, o MST provocou diferentes reações em distintos segmentos da sociedade, ganhando assim tanto apoiadores como adversários, sendo duramente atacado pela mídia, polícia, governos, fazendeiros... Mas, não obstante, foi também reconhecido pelo mundo inteiro e arduamente defendido, especialmente por seus militantes presentes em todo o Brasil.

De um lado, estão os que acreditam que o movimento não passa de um bando de vândalos, que depredam injustamente propriedades alheias, agem com violência ou mesmo que são camponeses manipulados por dirigentes mal intencionados. De outro, aqueles que defendem a sua legitimidade enquanto movimento social organizado, expressão da democracia e apontam para a justeza da sua luta por reforma agrária.

Sendo assim, na perspectiva de fomentar a reflexão nos espaços universitários sobre esta importante questão, construímos juntos este debate. Procuramos dar à atividade a forma de uma sabatina, a fim de incitar a discussão, focando nas questões que serão apresentadas aos debatedores pelos participantes. Portanto, contamos com a participação de todos.

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Abertas as inscrições para o Seminário de Políticas Públicas de Cultura

Estão abertas as inscrições para a 9° edição do Seminário Permanente de Políticas Públicas de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. O curso é organizado peloDepartamento Cultural da UERJ, pela Comissão Estadual dos Gestores de Cultura e pelo Pontão Rede Fluminense de Cultura – COMCULTURA RJ e conta com o apoio da Fundação Casa de Rui Barbosa- MinC e da Secretaria de Estado de Cultura RJ.

Confira o programa do curso e as informações sobre como se inscrever

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Lançamento do CD Marias Brasilianas: a arte do fio


Depois do sucesso de público e crítica do espetáculo Marias Brasilianas: a arte do fio, assistido por mais de sete mil pessoas em duas curtas temporadas no Rio de Janeiro, o Instituto de Arte TEAR lança o esperado CD Marias Brasilianas.
O lançamento, que acontece no próximo dia 12 de junho a partir das 20h, na Sala Baden Powell, em Copacabana, contará ainda com intervenções cênicas de teatro e dança da peça Marias Brasilianas: a arte do fio e também com projeções audiovisuais sobre o trabalho das mulheres fiandeiras, tecelãs, rendeiras e bordadeiras brasileiras.
Para celebrar o lançamento, haverá um show com o grupo Menestréis, da Cia Cirandeira e participação especial do multi-instrumentista Carlos Malta, que apresentará a trilha sonora espetáculo, composta por 15 músicas.

O CD apresenta a trilha sonora do espetáculo, composta por 15 músicas, gravadas pelos jovens do grupo Menestréis, da Cia Cirandeira, com participação especial do multi-instrumentista Carlos Malta. O Show apresenta as músicas que compõem a trilha sonora do espetáculo, executadas com maestria pelo grupo Menestréis da Cia Cirandeira.
São canções inéditas, cantos de trabalho e cantigas tradicionais, pesquisadas e recolhidas em várias regiões do interior do Brasil. No CD as composições e os arranjos trazem à cena a diversidade rítmica e melódica brasileira estabelecendo um diálogo entre a música tradicional e contemporânea.
As músicas revelam de maneira poética os sonhos, os fazeres, os desejos e as histórias de vida das fiandeiras, tecelãs, rendeiras e bordadeiras brasileiras.
A maioria das músicas é de autoria de Denise Mendonça, contando ainda com músicas de domínio público, cantos de trabalho e cantigas tradicionais recolhidas no Vale do Jequitinhonha, no Vale do Rio São Francisco (MG) e no sertão Pernambucano. Os arranjos são de Dalmo Mota, Gustavo Pereira e dos próprios jovens do grupo Menestréis, da Cia Cirandeira.

Data: 12/06 - 20h
Endereço:
Av. N.S. de Copacabana, 360 Copacabana
Entrada:
R$ 10,00 (Inteira) | R$ 5,00 (Meia)


Mais informações: http://www.mariasbrasilianas.com.br/



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Espetáculo Coisas do Gênero, esta sexta na Lapa


Exclusivamente em linguagem não-verbal, a comédia musical “Coisas do Gênero”, conta a história de uma mulher, que desde o seu nascimento até a maturidade, luta para ser reconhecida em casa e no trabalho.

Com direção de Helen Sarapeck e direção musical de Roni Valk, a peça terá apresentação única, com ingressos gratuitos, no dia 11 de junho, sexta-feira, às 21h, na casa do
Centro de Teatro do Oprimido, que fica na Avenida Mem de Sá 31, em frente aos Arcos da Lapa.

De 16 a 28 de junho, a peça representará o Brasil durante o 15th International Youth Theatre Festival(Theatre of the Oppressed), em Pula, na Croácia. Além do Brasil, o Festival terá participação de grupos da Alemanha, Áustria, Espanha, EUA, Austrália, França, Itália e da Índia.

Entrada franca.
Mais informações: http://ctorio.org.br/novosite/2010/06/coisas-do-genero-da-lapa-para-a-croacia/

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Direito Autoral em Debate no Rio

Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV e Rede pela reforma da Lei de Direito Autoral realizam debate no Rio de Janeiro


A lei 9.610, atualmente em vigor no Brasil, foi criada em 1998 e passa agora pela primeira revisão significativa. Desde 2007 o Mistério da Cultura vem realizando debates com a ampla participação dos interessados para discutir uma proposta de reforma. Um anteprojeto de lei deverá ser submetido à consulta pública em breve. Diante desse contexto, é preciso aprofundar o conhecimento sobre a Lei de direito autoral para que seja possível avaliar quais pontos devem ser abrangidos na reforma.

Programação

Parte I – Contexto da regulação de direito autoral e conceitos básicos

14:00 - Arrecadação e distribuição de direitos – Alexandre Negreiros (SindiMusi)
14:30 – O que é direito autoral? – Denis Borges Barbosa
15:00 – Limitações e exceções – Marília Maciel (CTS/FGV)
15:30 – Debate
Parte II – Novas tecnologias, produção e acesso a conteúdo
16:00 - Novos modelos de negócio – Olívia Bandeira (Overmundo)
16:30 – Direito de acesso – Guilherme Varella (IDEC)
17:00 – Acesso ao conhecimento e domínio público – Carlos Affonso(CTS/FGV)
17:30 - Debate
18:00 – Encerramento: Cenário político e desafios atuais
Deputado Alessandro Molon (Deputado Estadual – RJ )
Deputado Chico Alencar (Deputado Federal – RJ) – a confirmar
Marília Maciel/Luiz Moncau (CTS/FGV)


As vagas são limitadas. Inscrições para o seminário devem ser feitas aqui: http://direitorio.fgv.br/inscricao-reforma-lei-direito-autoral


Evento: Seminário sobre a reforma da Lei de Direito Autoral

Local: Fundação Getulio Vargas - Praia de Botafogo, 190, 13 andar (Sala Luis Schuartz)

Data e horário: dia 09 de junho, das 14:00 às 19:00


Mais sobre a Reforma da Lei do Direito Autoral

http://www.reformadireitoautoral.org/


Baixe o Caderno Direito Autoral em Debate

Leia e assine a Carta pelo Acesso a Bens Culturais


Assista ao video "Reforma da Lei do Direito Autoral: o que vc acha?"

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Metalinguagem da transformação

Crítica Teatral


*Por Geovane Barone


A Cia. São Jorge de Variedades apresentou na sede da Cia. dos Atores no RJ, integrando a programação doFestival Tempo de teatro contemporâneo, que está acontecendo em diversos espaços culturais do Rio de Janeiro , o espetáculo "Quem Não Sabe Mais Quem é O Que é e Onde Está, Precisa se Mexer", baseado na Obra de Heiner Muller.Com direção da premiada diretora e nova expoente do teatro contemporâneo, Georgette Fadel, a peça traz um reflexão da forma de se fazer teatro na atualidade e também sobre o conteúdo de nossos tempos, representado pela informação,tecnologia e consumismo da geração da queda do Muro de Berlim, frustrada com a revolução.

A companhia conta na sinopse da peça que foi a partir dos estudos do dramaturgo Heiner Muller que surgiu o interesse em explorar o teatro de rua e outras formas de se fazer teatro como uma arma contra a domesticação da arte cênica. É justamente essa vontade de modificar, transformar as estruturas cênicas, que conduz a estética do espetáculo: fragmentação de textos e imagens, não-realismo, mistura de linguagens artísticas.

A encenação começa no espaço público, fazendo uma volta pela rua da Lapa, com o público seguindo os passos de Mariana G., que em uma esquina revela sua crise : " Não sou Hamlet, não represento mais nenhum papel. Minhas palavras já não me dizem mais nada. Os meus pensamentos sugam o sangue das imagens. O meu drama não se realiza mais." Pregando pequenos cartazes caseiros, pedindo ajuda aos transeuntes para segurar os pedaços de fita crepe que segurarão os cartazes por algum tempo nas paredes escolhidas:"Sou meu prisioneiro".Pendurado em no poste um dos atores da companhia segura uma faixa que contém frases do espetáculo. Uma dos aforismos expostos é "Aquele que não se mexe, não sente as grades que o aprisionam.", de Rosa Luxemburgo.

Em seguida, o público é conduzido a sede da Cia. dos Atores, onde se depara com uma “gaiola-apartamento” cheia de bugigangas e instrumentos. A direção de arte de Rogério Tarifa faz com que imaginemos um palco cheio de possibilidades, criado com recursos da art pop, da bricolagem. Placas, geladeira com cartazes e fotos de personalidades, cabide de livros, bateria, relógio bacia de alumínio para o samba que virá, jardim, roupas e papéis higiênicos como paredes. A TV colocada em cima da gaiola para o público vê ao vivo nos intervalos dos atos. Cenário dinâmico. A forma que revela o conteúdo.

Os atores muito bem dirigidos por Georgedette Fadel, dão um tom de uma interpretação irônica,brechtiniana, anti-realista. Marcelo Reis, Mariana Senne e Patrícia Gifford parecem falar de si mesmos,parecem dar os seus testemunhos críticos do mundo; se representam personagens parecem apenas contar histórias.Destaque para a interpretação de Mariana Senne que consegui durante o espetáculo oscilar entre personagens pesados e leves, sentimentos dramáticos e cômicos. O gesto, o corpo, a voz, a emoção revelam valores contraditórios de desilusão e esperança, da revolta e resignação. Os objetos viram instrumentos, os instrumentos viram objetos. Os atores parecem propor também um happening. O Público é indagado e recebe livros dos atores.

A direção musical de Luiz Gayotto dá o tom irônico e sutil do espetáculo. Destaque para o teclado colocado no fundo do palco que serve como campainha para entrada de personagens e também as intervenções musicais do trio de atores. O figurino de Foquinha é fragmentado, irônico e despojado seguindo a linha do espetáculo.

A direção de Georgedette Fadel é magistral. Ela coordena os elementos cênicos recortados, contraditórios. Mistura beleza e caos com harmonia entre teatro, artes visuais,dança , audiovisual e música. Imprimi um ritmo de cena ágil e enfático.


Ao final do espetáculo, o público é levado em cortejo pra rua com uma cantoria e acaba num bar juntamente com os atores.

"Quem Não Sabe Mais Quem é O Que é e Onde Está, Precisa se Mexer", desnuda a maquinaria do teatro, questiona a sua função, questiona os valores vigentes, radicaliza as emoções. É político sem ser panfletário. É artístico sem ser apenas forma. Um bom exemplo do teatro paulista para a cena teatral carioca. O espetáculo é a transformação cênica que fala sobre a transformação e indaga a possibilidade de mudança.Uma ótima referência para um bom teatro livre e contemporâneo.


Espetáculo Quem Nao Sabe Mais Quem é , O Que é e Onde Esta, Precisa se Mexer, Cia. São Jorge de Variedades. from Carla Estefan on Vimeo.





Para saber mais sobre a Cia. São Jorge de Variedades acesse o sitehttp://www.ciasaojorge.com.br/index.html

*Geovane Barone é ator, produtor cultural, Coordenador Geral do CUCA da UNE/RJ e estudante de filosofia.

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