Livro conta a história do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira da UFRJ

O lançamento acontece dia 13 de março. A obra conta a história da entidade que nasceu na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro e participou da fundação da UNE em 1937


Há quase 92 anos, no dia 16 de maio de 1916, era criado, no Rio de Janeiro, o Grêmio Jurídico e Literário, posterior Centro Acadêmico Cândido de Oliveira, da atual Faculdade Nacional de Direito da UFRJ. O CACO, como é conhecido por todos, tornou-se ao longo das décadas uma das mais importantes entidades estudantis do Brasil, tendo participado da fundação da UNE em 1937.

No dia 13 de março, parte dessa grande e vitoriosa história será apresentada com o lançamento do Livro Histórico do Centro Acadêmico. A publicação reúne, em 340 páginas, entrevistas com algumas das maiores lideranças do movimento estudantil brasileiro, egressas do CACO: Vladimir Palmeira, Fernando Barros, José Frejat, e Daniel Aarão Reis.


Além de depoimentos sobre grandes mobilizações e campanhas, como a Greve dos Bondes, a Passeata dos Cem Mil, a Campanha pela entrada no Brasil na II Grande Guerra ao lado dos aliados, a Oposição ao Estado Novo e a Resistência à Ditadura Militar, são narradas situações que descrevem a vida dos alunos da Faculdade Nacional de Direito durante a história de lutas e vitórias do CACO.


O lançamento do livro "CACO: 90 anos de História", acontecerá às 18h, no Salão Nobre da Faculdade Nacional de Direito (UFRJ) Rua Moncorvo Filho, nº 8, segundo andar.



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Festival ESTAÇÃO PIAUÍ


3 dias de filmes e debates - poder, perfil, humor
de 9 a 11 de março no Odeon Petrobras
O Grupo Estação e a Revista Piauí se encontram para discutir pontos de contato entre cinema e palavra escrita. Em três dias de filmes e debates, os temas poder, perfil e humor serão debatidos com o público por profissionais das duas áreas.
Serão exibidos 12 longas, incluindo clássicos - Um dia nas corridas, de Sam Wood, com os irmãos Marx, Meu Tio, de Jacques Tati, A Marca da Maldade de Orson Welles; filmes premiados e bem apreciados pelo público, como A Escola do Riso, de Mamoru Hoshi, Madame Satã, de Karim Ainouz, o Último Rei da Escócia, de Kevin Macdonald e outros; pré-estréias - Personal Che, de Douglas Duarte e Adriana Mariño e O Banheiro do Papa, de César Charlone e Enrique Fernandez.
Destaque especial para o inédito Videogramas de uma Revolução, ousado documentário que mostra, através das imagens de inúmeras câmeras domésticas, a sangrenta derrubada do ditador romeno Ceausescu. Videogramas de uma Revolução é caso único de uma revolução popular filmada por cinegrafistas amadores, que, com suas câmaras de vídeo, tudo capturaram, desde o primeiro instante, em que o ditador, diante da multidão, percebe que seu regime foi desafiado, até o momento derradeiro, quando Ceausescu é executado e a imagem de seu corpo é exibida em rede nacional.
Entre os debatedores, nomes como os do cineasta Guel Arraes, da jornalista e vereadora Soninha Francine, do historiador José Murilo de Cavalho e do documentarista João Moreira Salles, entre outros.
Programação:
domingo, 9/03: tema PERFIL
12h - Topsy Turvy, de Mike Leigh
15h - Madame Satã, de Karim Ainouz
17h10 - O Último Rei da Escócia, de Kevin MacDonald
19h30 - debate: A mesa formada pelos cineastas Karim Aïnouz, Douglas Duarte e Walter Salles, pelo historiador José Murilo de Carvalho e pela jornalista Daniela Pinheiro vai discutir como o cinema e o jornalismo lidam com personagens reais. Os limites éticos, as questões práticas, os fatos e a ficção.
21h - Personal Che, de Douglas Duarte e Adriana Mariño. (pré-estréia)
segunda, 10/03: tema PODER
13h50 - A Batalha do Chile: Parte 2 - O Golpe de Estado, de Patrick Guzman
15h30 - Vocação do Poder, de Eduardo Escorel
17h40 - A Marca da Maldade, de Orson Welles
19h30 - debate: Como o jornalismo trata o poder? E o cinema, como o retrata? Como jornalistas e cineastas se relacionam com o poder? Falam sobre o assunto a jornalista e vereadora Soninha Francine e os cineastas João Moreira Salles, Eduardo Escorel e David França Mendes.
21h - Videogramas de uma Revolução, de Harun Farocki e Andrei Ujica (exibição única, o filme não será lançado no Brasil)
terça, 11/03: tema HUMOR
13h - Meu Tio, de Jacques Tati
15h10 - Um Dia nas Corridas, de Sam Wood
17h20 - Escola do Riso, de Mamoru Hoshi
19h30 - debate: Os jornalistas Tutty Vasquez e Marcos Caetano, os cineastas Guel Arraes e Cesar Charlone e o humorista Marcelo Madureira falam das dificuldades, e dos prazeres, de fazer rir, seja nas telas dos cinemas e da TV, seja no papel dos jornais e revistas.
21h - O Banheiro do Papa, de César Charlone e Enrique Fernandez (pré-estréia)
Festival Estação Piauí
de 9 a 11 de março
ingressos: R$10,00

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O teatro vai a Brasília. E pressiona o Senado...

Um anteprojeto de lei chegou ao Senado Federal para incentivar o desenvolvimento da produção teatral brasileira e acelerar a captação de recursos para o setor. Na tarde de quarta-feira (27), artistas e produtores foram a Brasília (DF) com duas reivindicações fundamentais: novas formas de financiamento e a criação da Secretaria Nacional do Teatro, subordinada ao Ministério da Cultura.

O ator Marco Nanini fez a entrega solene do texto ao presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), salientando o apoio de grande parte da categoria teatral à proposta. Em seguida, o grupo foi recebido pelo presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), e ao plenário.

Os artistas e produtores propõem um novo mecanismo de incentivo fiscal para as empresas de produção teatral - o "investimento". Através dele, empresas privadas poderiam contribuir com produções teatrais e, em troca, terem benefícios nos lucros das peças. No anteprojeto também há outro mecanismo já conhecido, o patrocínio.

"O anteprojeto amplia a participação da iniciativa privada na cultura brasileira, sem aumentar em nada a renúncia fiscal. O setor está muito engessado", disse a atriz Regina Duarte. Já sua colega Irene Ravache lembrou que a produção teatral gera empregos no país. "Temos a esperança e quase certeza de que a nova lei será aprovada rapidamente, porque vai ser um benefício para todos."

Os atores e produtores disseram que a Lei do Audiovisual foi decisiva para impulsionar o cinema brasileiro. Agora, eles querem o mesmo para o teatro. O ator Marco Nanini afirmou que falta uma regulamentação clara: "Precisamos de uma lei que regulamente o teatro, com regras claras, para não dependermos de um governo específico".

O anteprojeto será agora transformado em projeto de lei na Comissão de Educação e depois submetido ao plenário. Cristovam defendeu a iniciativa dos atores: "Hoje o teatro está na vala comum, e a aprovação dos projetos demora muito". Garibaldi também disse que apoiará a aprovação da lei, que depois precisará ser votada na Câmara: "Isso aqui será vapt-vupt", prometeu Garibaldi.

Nicette Bruno, Regina Duarte, Camila Amado, Irene Ravache, Virgínia Cavendish e Xuxa Lopes foram alguns dos artistas que estiveram no Senado. Entre os produtores, estavam Ana Luiza Lima, Bianca de Felippes, Eduardo Barata, Fernando Libonati, Norma Thiré e Mário Martini.

Fonte: www.vermelho.org.br

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Estudantes da Escola Nacional de Direito fazem visita guiada ao terreno da UNE

O Centro Universitário de Comunicação e Arte do Rio de Janeiro (CUCA-Rio), está agendando outras visitas de estudantes e instituições que queiram conhecer um pouco mais a história do espaço

No último dia 28 de fevereiro, os estudantes do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira (CACO) da Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) visitaram o terreno da UNE, na Praia do Flamengo, 132.


A atividade foi guiada pelo Centro Universitário de Comunicação e Arte do Rio de Janeiro (CUCA-Rio), que além de contar a história do terreno, retomado em 1º de fevereiro de 2007, exibiu os curtas "A Casa do Poder Jovem" e "Ou ficar a Pátria Livre ou Morrer Pelo Brasil". Os estudantes também receberam a última publicação da Revista Movimento e os DVD`s da mostra Universitária de cinema Zózimo Bubul da 5ª Bienal de Arte, ciência e Cultura da UNE, realizada ano passado.


O CUCA-Rio está agendando outras visitas de estudantes e instituições que queiram conhecer um pouco mais da história do terreno e os projetos para a futura sede da UNE

Fernando Marray

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Juiz determina saída de posseiros que mantinham estacionamento irregular no terreno do Flamengo

De acordo com o advogado da UNE e da UBES, Dr. Rodrigo Varanda, o juiz Jaime Dias Pinheiro Filho da 43º Vara Cível do Rio de Janeiro determinou a retirada dos posseiros que mantinham um estacionamento irregular no terreno, e que insistem em permanecer no local. O mandado de manutenção de posse, documento que garante a saída dos invasores, deve ser expedido nos próximos dias

Foram anos tentando voltar pra casa até que em 1º de fevereiro de 2007, após manifestação histórica pelas ruas da capital carioca, a UNE e a UBES retomaram seu terreno na Praia do Flamengo, 132.

Mesmo depois de os estudantes manterem acampamento, realizarem uma série de atividades culturais como mostras de cinema e teatro, os posseiros que antes mantinham um estacionamento irregular no terreno, insistem em ficar no espaço, que legalmente pertence aos estudantes.

Pensando em resolver o problema de forma pacífica, as entidades entraram com um pedido de manutenção de posse, que determina a retirada dos invasores. "Essas pessoas continuam morando no terreno, mesmo depois da ocupação dos estudantes e da decisão do juiz que reafirmou a posse do espaço para as entidades, ano passado", relatou a diretora de relações institucionais da UNE, Márvia Scárdua.

Segundo o advogado da UNE e da UBES, Dr. Rodrigo Varanda, o juiz Jaime Dias Pinheiro Filho da 43º Vara Cível do Rio de Janeiro, já determinou a retirada dos posseiros, mas para que a saída seja concretizada é preciso aguardar a expedição do mandado de manutenção de posse. "O documento deve ser expedido pelo juiz nos próximos dias e aí sim a família deverá sair do local", explicou.

Para a presidente da UNE, Lúcia Stumpf, a determinação configura uma vitória para todo o movimento estudantil brasileiro. "Essa foi sem dúvida uma grande conquista. O próximo passo é reconstruir a sede e já estamos pensando e articulando formas de viabilizar o projeto que nos foi doado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. O bairro do Flamengo vai ganhar vida nova com essa determinação da justiça que nos aproxima ainda mais do sonho de ver o prédio de 13 andares que Niemeyer idealizou concretizado".

Ismael Cardoso, presidente da UBES também comemora e reafirma o terreno como espaço legítimo dos estudantes. "A saída dos posseiros representa o fim de uma era de injustiças e um grande passo para o resgate da história do terreno que é um patrimônio da juventude e dos estudantes brasileiros que agora de fato poderão voltar pra casa e reconstruir nossa sede".

Entenda o caso:

No dia 5 de fevereiro de 2007, logo depois da ocupação, os responsáveis pelo estacionamento irregular, que funcionava sem alvará, tentaram readquirir judicialmente a posse. A 43ª Vara Cível do Rio de Janeiro chegou a conceder uma liminar de reintegração do terreno para Maria José Martins dos Santos, que responde pelo estacionamento. No entanto, a medida foi suspensa um dia depois pela mesma Vara. Na sua justificativa, o juiz disse que "não estava convencido do direito do autor".

No dia 12 de fevereiro, em outra audiência, a UNE e a UBES apresentaram documentos que comprovam a propriedade sobre o terreno, como a Certidão de Registro do Imóvel e diversos outros que mostram a total irregularidade do estacionamento. De posse das justificativas, foi mantida a suspensão da liminar.

Em 28 de fevereiro, o Juiz convocou Audiência de Instrução para ouvir as testemunhas do caso. Neste dia, ele disse que analisaria as alegações finais de ambas as partes envolvidas e, em breve, pronunciaria a sua decisão. A sentença saiu dia 7 de maio, quando a liminar foi finalmente mantida suspensa.

As entidades comemoraram também, no dia 11 de abril, mais uma vitória na luta pela retomada do terreno. O Juiz da 5ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Firly Nascimento Filho, julgou improcedente um pedido do Ministério Público Federal pela anulação da doação do imóvel à entidade estudantil, feita pelo então presidente Itamar Franco em 1994.

Tratava-se de uma ação civil pública, movida pelo MPF em 2004, sustentada sob o argumento de que o local não era devidamente utilizado de acordo com a finalidade da doação, ou seja, que a sede não funcionava no espaço. Em sua decisão, o Juiz Firly Nascimento mostrou evidências da existência de provas de que realmente havia uma discussão na Justiça sobre o caso, e que por esta razão a UNE e a UBES não poderiam ser acusadas de desvio de finalidade, pelo fato de hoje ela não exercer a posse direta sobre o terreno. Na opinião do juiz, não existem "os mínimos elementos probatórios a caracterizar desvio de finalidade que levem à nulidade da doação".

O dia da ocupação

No terreno da Praia do Flamengo funcionou a sede da UNE de 1942 até 1º de abril de 1964, quando os militares invadiram o local e tocaram fogo em tudo. Foi lá que Vianinha, Ferreira Gullar, Cacá Diegues, junto de outros artistas e intelectuais, fundaram o CPC da UNE, referência para o movimento estudantil. Depois, em 1980, o prédio foi demolido e mais tarde o terreno invadido por um estacionamento clandestino.

A entidade recuperou sua casa no dia 1º de fevereiro, após manifestação histórica pelas ruas da capital carioca. Os milhares de jovens de todas as regiões do país chegaram com tambores, balões e músicas em uma grande Culturata, passeata artística que encerrou a 5ª Bienal. Mas não foi uma ocupação violenta, apesar da força que, rapidamente, derrubou o portão do estacionamento. Participaram da retomada ex-presidentes da UNE de diversas épocas.

Durante os meses de acampamento, visitaram o local diversas autoridades políticas, como os ministros Tarso Genro (Justiça) e Orlando Silva (Esportes); e personalidades artísticas como Vera Holtz, Carlos Lyra, Paulo Betti e Marcelo Yuka. O escritor Arthur Poerner, autor do clássico livro "Poder Jovem", a bíblia do movimento estudantil, acompanhado do cineasta Vladmir Carvalho, também levou a sua mensagem de apoio aos estudantes.

Fonte: www.estudantenet.org.br

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